O Campeonato
Brasiliense de 1989 teve a participação de oito clubes: Brasília, Ceilândia, Gama,
Guará, Planaltina, Sobradinho, Taguatinga e Tiradentes.
A competição
teve três turnos (em todos eles os clubes foram divididos em dois grupos iguais,
todos jogando entre si, somando os pontos dentro de seus grupos, com os
campeões de cada grupo decidindo a fase em dois jogos). Além disso, seria
realizada uma Fase Final, que reuniria os vencedores de turnos (que ganharam um
ponto de bonificação) e mais o quarto clube que obtivesse o maior número de
pontos ganhos somados os três turnos.
Também
apresentou um regulamento diferente: a contagem de pontos durante os três
turnos sofreu as seguintes alterações: a) vitória no tempo normal de jogo,
valeria três pontos; b) empate no tempo normal, a decisão seria por pênaltis; o
vencedor ganharia dois pontos e o perdedor um.
O primeiro
turno foi vencido pelo Guará, que levou a vantagem sobre o Sobradinho, na
decisão, após dois jogos (2 x 2 e 1 x 0).
Também
vencendo um jogo (2 x 1) e empatando o outro (1 x 1), sobre o Tiradentes, o
Taguatinga foi o vencedor do 2º turno e também garantiu seu ponto de bonificação
para a Fase Final.
O vencedor
do 3º turno foi o Ceilândia, que venceu o Sobradinho nos dois jogos pelo mesmo
marcador: 1 x 0.
Assim, os
quatro finalistas passaram a ser Guará, Taguatinga e Ceilândia, vencedores,
respectivamente, do 1º, 2º e 3º turnos, e o Sobradinho, clube que mais marcou
pontos nos três turnos.
Na Fase
Final, em dois turnos, todos jogaram entre si e, na última rodada, decidiriam o
título Sobradinho, em primeiro, com oito pontos ganhos, e o Taguatinga, em
segundo, com sete, ou seja, o Sobradinho jogava pelo empate para se sagrar
campeão. Ambos sem derrota na Fase Final.
A partida
começou tensa. Antes dos primeiros vinte minutos, o árbitro Lincoln Costa havia
distribuído cinco cartões amarelos: três para o Taguatinga, dois para o
Sobradinho.
Logo as
cinco minutos, Wadi concluiu com perigo à direita de Roberto Costa. Pouco
depois, Da Silva deu o troco driblando o goleiro Dias, que saiu mal do gol. Ele
tentou cruzar, mas não obteve êxito, pois desequilibrou-se.
Aos 17
minutos, Michael chute na trave esquerda. A bola voltou, bateu na mão de
Roberto Costa e foi aliviada pela defesa do Taguatinga.
O Taguatinga
pressionou e por duas vezes consecutivas Marcelo Freitas cabeceou rente à
trave.
Aos 28 minutos,
o gol que decidiria o jogo: Marquinhos Paraíba cobrou escanteio pela esquerda,
a bola encontrou a cabeça de Joãozinho.
O
Sobradinho, muito nervoso, pouco produziu no restante do 1º tempo.
O 2º tempo
apresentou o Sobradinho melhor em campo, mas abusando da bola alta na área do
adversário.
A pressão
continuou até acontecer uma falta de dois toques dentro da área do Taguatinga,
desperdiçada.
A última boa
chance do Sobradinho aconteceu no final do jogo, quando Wellington tocou de
cabeça, na trave direita, com Roberto Costa batido. A torcida do Sobradinho
chegou a comemorar o gol...
SOBRADINHO 0 x 1
TAGUATINGA
Data: 27 de agosto de 1989
Local: Augustinho Lima
Árbitro: Lincoln Costa
Gol: Joãozinho, 28
SOBRADINHO: Dias, Chiquinho, Régis, Toinzé (Bocão) e Claudinho; Zé Nilo,
Michael e Wellington; Artur, Wadi (Zuza) e Palhinha. Técnico: Hani Bazzi.
TAGUATINGA: Roberto Costa, Bilzão, Paulão, Adilson e Visoto; Gilvan, Da
Silva e Humberto (Chicão); Marcelo Freitas, Joãozinho e Marquinhos Paraíba.
Técnico: Antônio Humberto Nobre (Canhoto).
Wanderlei
(Preparador Físico), Roberto Costa, Adilson, Paulão, Bilzão, Gilvan e Visoto;
Agachados: Humberto, Da Silva, Joãozinho, Marquinhos Paraíba e Marcelo Freitas.
Nota:
A conquista
do título teve sabor especial para o Taguatinga. Em 1985 e 1986, o clube deixou
de ser campeão diante do mesmo Sobradinho, saindo derrotado por 2 x 0, no
Serejão, e 1 x 0, no Mané Garrincha, quando precisava apenas do empate.
Além disso quebrou
um jejum de oito anos sem conquistar o título de campeão brasiliense.
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