Chegou à Brasília com sete anos de idade, antes mesmo de sua inauguração.
Depois de passar pelas categorias de base da A. E. Cruzeiro do Sul, Defelê e
Carioca, como atleta desta última foi convocado, no dia 3 de janeiro de 1970,
pela Comissão Organizadora para a formação do selecionado do Distrito Federal
de juvenis que participaria do IV Campeonato Brasileiro da categoria, a ser
disputado nos meses de fevereiro e março, em Santo André (SP).
O DF compôs o Grupo 4, juntamente com as seleções do Espírito Santo e Minas
Gerais, Perdeu as duas partidas que disputou e não passou para as Semifinais.
Depois que retornou de Santo André, no dia 15 de março de 1970, realizou o
primeiro jogo no time principal do Carioca, num amistoso contra o Civilsan.
Seu primeiro jogo oficial no Carioca aconteceu no dia 6 de setembro de 1970, no
Pelezão, no empate em 0 x 0 com a equipe do Piloto. O Carioca formou com
Cardoso, Gilson, Russo, Roberto e Harley (Luciano); Paulinho e Carlinhos
(Julinho); Evaldo, Maurício, Gisélio e Miluir.
No jogo seguinte, no dia 13 de setembro, já era titular da zaga do Carioca, que
foi derrotado pelo Coenge, por 2 x 0.
Seu último jogo pelo Carioca foi em 1º de novembro de 1970, com vitória sobre o
Defelê, por 1 x 0.
O time do Carioca era muito fraco, terminando o 1º turno na nona colocação,
entre dez equipes, ficando de fora da Segunda Fase do campeonato (só os seis
primeiros disputariam o hexagonal final).
Não pôde jogar mais em 1970, porque teve que servir ao Exército.
Nos anos de 1971 e 1972, trabalhou no Correio Braziliense e, mesmo assim jogava
bola todos os dias. Invariavelmente tomava parte nos amistosos que o bom time
do Correio Braziliense disputava contra clubes do futebol amador do DF.
Voltou a disputar jogos promovidos pela Federação Brasiliense de Futebol em
1973, depois que foi contratado pela A. A. Serviço Gráfico.
Sua estreia aconteceu no dia 17 de outubro de 1973, no Pelezão, no empate com o
Humaitá (1 x 1), fazendo parte desta escalação: Carlos José, César, Juarez
(Luciano), Melinho e Wilson Godinho; Axel e Tião; Edu, Bazan, Lucas (Carlinhos)
e Arthur. Técnico: Bugue.
Casou-se e percebeu que tinha compromissos que não conseguiria cumprir se não
tivesse um trabalho e salário em dia. O futebol do DF não dava isso.
O grande feito da carreira de Luciano aconteceu em 1974.
Integrava a equipe da Bradisa, uma distribuidora de bebidas que pegava a
garotada do bairro do Cruzeiro para jogar no seu time, quando foi convocado
para fazer parte da Seleção Sindical do DF, que disputaria o I Campeonato
Brasileiro Sindical de Futebol, promovido pelo Ministério do Trabalho.
Depois de passar pelas fases regionais, as quatro seleções vencedoras das fases
regionais: Ceará, Bahia, Paraná e Distrito Federal, disputaram a fase final em
Brasília (DF), no Estádio Presidente Médici, de 22 a 26 de novembro de 1974.
O Distrito Federal sagrou-se campeão com essa equipe-base: Itamar, Maninho,
Junior, Julião e Sérgio; Luciano, Baianinho e Pedrinho; Mineirinho, Roberto
César (que depois brilhou no Cruzeiro) e Zequinha. Treinador: Raimundinho.
Também jogavam no time os irmãos Ernâni Banana e Elmo e Bosco Izecson Pereira
Leite (pai do craque Kaká).
O ano de 1975 foi de muita movimentação na vida de Luciano. Primeiramente,
Luciano, juntamente com outros jogadores da Seleção Sindical, foram jogar no
Motonáutica, clube em que aconteceu uma tentativa frustrada de formar um time
para disputar o futebol profissional do DF a partir de 1976.
Depois de permanecer durante duas temporadas afastado das atividades futebolísticas, o Grêmio Esportivo Brasiliense retornou ao futebol brasiliense no dia 23 de março de 1975, enfrentando a equipe da Pioneira. Dirigido por Raimundinho, o Grêmio tinha como base a mesma equipe que conquistou para Brasília o Campeonato Brasileiro de Seleções Sindicais.
O placar terminou em 1 x 1 e o Grêmio assim formou: Itamar, Serginho (Maninho),
Júlio César – irmão de Roberto César, Toninho e Odair; Luciano (Raimundinho) e
Pedrinho; Borges, Ernani Banana, Roque (Nívio) e Eduardo (Claudinho).
Ainda em 1975, Luciano tentou a sorte no recém fundado Brasília Esporte Clube.
No Brasília, foi campeão do Torneio Incentivo de 1975.
Primeiramente, os clubes de Brasília não conseguiram regularizar seus atletas e
por isso não foi possível o início da Taça Brasília (primeiro turno do
campeonato). Em seu lugar passou a ser disputado o Torneio Imprensa, que se
tornou a primeira competição oficial no novo regime profissional do DF.
O Grêmio fez sua estreia no dia 6 de março de 1976, no Pelezão, com uma grande
goleada sobre o Gama, por 6 x 1, formando com Nego, Luís Carlos, Luciano,
Fabinho e Grimaldi; Jaime, Marquinhos e Hamilton (Pedro Léo); Gonçalves,
Dionísio e Moacir. Técnico: Inácio Milani.
Na última rodada, em 10 de abril de 1976, Grêmio e Ceub empataram em 1 x 1,
resultado que deu o título de campeão invicto ao Grêmio. Nesse jogo o Grêmio
esteve assim constituído: Diron, Luís Carlos, Luciano, Grimaldi e Arlindo;
Marquinhos, Jaime (Pedro Léo) e Hamilton; Gonçalves, Léo e Moacir (Dionísio).
A última participação de Luciano no Grêmio aconteceu em jogo válido pelo
triangular final para se conhecer o campeão brasiliense de 1976. No dia 12 de
outubro de 1976, o Grêmio perdeu para o Brasília, por 2 x 1, e ficou com o
vice-campeonato.
Luciano fez parte da seleção do primeiro turno do campeonato brasiliense de
1976, após enquete realizada pelo Jornal de Brasília.
No período de 1976 a 1980, Luciano concluiu o curso de Educação Física na
Faculdade Dom Bosco. Chegou a dar aulas no Colégio do Gama, entre 1986 e 1987,
mas pediu demissão da Fundação Educacional.
Em 1º de fevereiro de 1977, alguns amigos que trabalhavam na Gráfica do Senado
arrumaram emprego para ele. Só saiu em 2009, aposentado.
Praticamente não jogou, pois a Gráfica do Senado já não tinha mais time e
resolveu deixar o futebol de lado e se dedicar ao trabalho, já com 26 anos e
dois filhos.
Voltou a jogar por cinco meses no Corinthians, do Guará, atendendo a um convite
do Toninho Martins e do Bugue, mas infelizmente foi uma passagem difícil, sem
dinheiro. Acabou se formando em Educação Física e assim surgiu a oportunidade
de ficar mais um pouco no futebol.
Também em 1977, foi campeão brasiliense universitário.
Encerrou sua carreira no Corinthians, com destaque para o jogo de inauguração
do estádio do CAVE, no dia 16 de abril de 1978, contra o Vitória (BA). Na foto
abaixo, de pé, da esquerda para a direita: Vilmar Gato, Ricardo, Luciano,
Gilberto, Careca e Boni; agachados, na mesma ordem: Edu, Augusto, Aloísio,
Welington, Lelé e Marreta (massagista).
Depois começou a sofrer com contusões nos joelhos. Hoje usa prótese nos dois.
Depois que parou de jogar, tornou-se auxiliar-técnico. Foi quatro vezes campeão
brasileiro universitário pela UPIS nos anos de 2003, 2004, 2006 e 2007 como Auxiliar
Técnico de Luiz Carlos dos Santos Souza.
Luciano sagrou-se bicampeão sul-americano de futebol universitário pela seleção
brasileira em 2004 e 2005, também como Auxiliar Técnico de Luiz Carlos.
Luiz Carlos foi escolhido pela Confederação Brasileira de Desporto
Universitário (CBDU) para ser o treinador da seleção universitária que
representaria o Brasil, no mês de abril, nos I Juegos Sudamericanos
Universitarios, em Concepción, no Chile, a partir de 17 de abril e contou com a
colaboração de Luciano como Auxiliar Técnico. Da UPIS foram convocados: o
goleiro Clédson, o lateral-direito Carlinhos; o zagueiro Rodrigo, os meias
Hudson, Welmo e Fabinho, além do atacante Jonhes. O meio-campo Guti e o
zagueiro Gustavo ficaram como suplentes na relação, caso algum atleta se machuque.
O Brasil sagrou-se campeão.
Após o término do Campeonato Brasileiro de 2005 foi divulgada a convocação da
Seleção Brasileira Universitária que representou o Brasil no Campeonato
Sul-Americano que aconteceu em São Paulo, ainda no mês de abril. O técnico da
UPIS, Luiz Carlos dos Santos Souza, foi o escolhido para dirigir a Seleção
Brasileira em companhia do seu auxiliar-técnico Luciano Gomes. Além da Comissão
Técnica, a Seleção Brasileira contou também com seis jogadores da UPIS: o
goleiro Clédson, o lateral Gustavo, o zagueiro Pietro, os meias Átila e Luciano
Lopes e o atacante Maurício.
A Seleção Brasileira Universitária sagrou-se bicampeã sul-americana de forma
invicta, somando quatro vitórias e um empate, com 16 gols a favor e apenas três
contra.
Logo depois, de 11 a 21 de agosto de 2005, essa equipe disputou a Universíade
(o mundial universitário), na cidade de Ismyr, na Turquia. Além do treinador
Luiz Carlos e seu Auxiliar Técnico Luciano Gomes, quatro jogadores da UPIS
participaram: Átila, Clédson, Gustavo e Pietro. O Brasil ficou em 4º lugar.
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