Em
homenagem ao Ceilândia Esporte Clube, vamos contar um pouco da
história da cidade e do clube que lhe deu origem.
Em
1969, com apenas 9 anos de fundação, Brasília já tinha mais de setenta mil favelados,
que moravam em mais de quatorze mil barracos, para uma população de 500 mil habitantes
em todo o Distrito Federal.
Naquele
ano, foi realizado em Brasília um seminário sobre problemas sociais no DF. Reconhecendo
a gravidade do problema das favelas e suas consequências, o governador Hélio Prates
da Silveira ordenou ao seu Secretário de Serviços Sociais, Otomar Lopes Cardoso,
a erradicação das favelas de Brasília.
Foi
criado então um grupo de trabalho que mais tarde se transformou em Comissão de Erradicação
de Favelas, ao mesmo tempo em que era lançada pela primeira dama, Vera de Almeida
Silveira, a Campanha de Erradicação das Invasões (CEI).
Dois
anos depois, já estavam demarcados 17.619 lotes de 205 metros quadrados numa área
de 20 quilômetros quadrados, ampliada para 231,96 quilômetros quadrados em 1988,
ao norte de Taguatinga, nas antigas terras da fazenda Guariroba, de Luziânia - GO.
Para ali foram transferidos os moradores das invasões do IAPI, Vila Tenório, Esperança,
Bernardo Sayão, Colombo, morros do Querosene e do Urubu, Curral das Éguas e placa
das Mercedes, invasões com mais de 15 mil barracos e mais de 80 mil moradores.
A
Novacap fez a demarcação em 97 dias, com início em 15 de outubro de 1970.
Em
27 de março de 1971, o governador Hélio Prates da Silveira lançava a pedra fundamental
da nova cidade, no local onde hoje está a Caixa D’Água. Às 9 horas daquele sábado,
tinha início também o processo de assentamento das 20 primeiras famílias da invasão
do IAPI. O secretário Otomar Lopes Cardoso deu à localidade o nome de Ceilândia,
inspirado na sigla CEI, com o sufixo “lândia”, de origem inglesa e que significa
cidade, então na moda. Foi oficiado, à chegada das famílias ao assentamento, um
culto ecumênico em ação de graças.
O
clube que deu origem ao Ceilândia foi o Dom Bosco Esporte Clube, fundado em 1963
por Francisco da Silva, o "Seu Chicão", na Vila do IAPI.
A
partir de 1975, o futebol do Distrito Federal começou a se profissionalizar. Surgiram
Brasília e Gama. O Campineira foi a base do Sobradinho, o Pioneira deu origem ao
Taguatinga, mas a Ceilândia continuava sem um representante nas competições oficiais
do Distrito Federal.
Somente
em 1977 surgiram as primeiras tentativas no sentido de profissionalizar o Dom Bosco.
Finalmente,
em 27 de março de 1978, aconteceu a Assembleia que aprovou os estatutos do Dom Bosco,
devidamente registrados em cartório. Até então o time existia apenas de fato. Waldir
Papa da Fonseca foi o seu primeiro Presidente.
Nessa
assembleia foram definidas as cores oficiais do Dom Bosco: preta e branca.
O
uniforme oficial número 1 foi definido assim: camisa branca com escudo preto na
frente e no centro, calção branco e meias brancas.
Por
sugestão da Deputada Maria de Lourdes Abadia, sugeriu-se que o nome do time mudasse,
guardando as cores preta e branca do Dom Bosco, mas trocando o escudo acima por
uma imagem estilizada da caixa d’água da cidade.
Foi assim que, em 23 de agosto de 1979, o estatuto do time foi alterado mudando
o nome de Dom Bosco Esporte Clube para Ceilândia Esporte Clube.
O primeiro jogo oficial do Ceilândia foi disputado contra
o Brasília, no Serejão, em 18 de novembro de 1979. O Ceilândia perdeu por 2 x 1,
mas Francisco Alves dos Santos, o Risadinha, aos 25 minutos do 2º tempo, fez o gol
histórico: o primeiro gol do Ceilândia Esporte Clube.
Formou o Ceilândia com Edson, Renilton, Cidão, Luciano
e Adilson; Jura, Paulinho e Chinésio; Mardônio, Risadinha e Zé Carlos. Técnico:
João da Silva.
Mas é claro que o Dom Bôsco tinha seu emblema, a logomarca. Será que vocês teriam a logo para mostrar aos fãs daqueles tempos?
ResponderExcluirjoguei futebol no dom bosco dos 15 anos até os 20 anos tempo bom...
ResponderExcluirJoguei no petista.mas,meu irmao já jogava a muito tempo . Maranhão era o nome dele.muitas saudades desse time.
ResponderExcluirCorrigindo a palavra petis.
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