sexta-feira, 3 de julho de 2015

TAGUATINGA E. C. ESTARIA COMPLETANDO 40 ANOS - 3ª parte


Em 1987, pelo terceiro ano consecutivo, o Taguatinga ficou com o vice-campeonato no campeonato brasiliense. Não foi bem no primeiro turno, venceu o segundo e chegou na segunda colocação no terceiro turno. Sem contar mais com os gols do artilheiro Joãozinho, mas tendo o campeão mundial Nilton Santos como treinador, o Taguatinga foi para a Fase Final juntamente com Brasília e Guará para decidirem o campeonato em jogos de ida e volta. Começo empatando com o Brasília (1 x 1) e vencendo o Guará (2 x 0) nos jogos do 1º turno da Fase Final. Ao empatar com o Guará (1 x 1), chegou aos mesmos cinco pontos ganhos do Brasília, com quem iria disputar o último e decisivo jogo. Formando com Elvis, Pedrinho, Bilzão, Zinha e Roosevelt; Bilzinho, Da Silva e Marquinhos Carioca (Dorival); Aguinaldo, Genivaldo (Neomar) e Marcelo Freitas, o Taguatinga perdeu a decisão por 2 x 1.
No Campeonato Brasiliense de 1988, mesmo ficando com a terceira colocação na classificação final, o Taguatinga voltou a ser o clube com o maior número de pontos: 38, contra 37 do campeão Tiradentes e 32 do vice-campeão Guará, ambos com um jogo a mais. Venceu o 1º turno sem conhecer derrotas nos 14 jogos que disputou e chegou em quarto lugar no segundo. Nas semifinais, foi derrotado pelo Guará (1 x 0) e ficou de fora da decisão.

O Taguatinga foi um dos 43 clubes que disputaram o Campeonato Brasileiro da Série C (Divisão de Acesso de 1988). Na Primeira Fase, o clube fez parte do Grupo 5, juntamente com Anápolis (GO), Mixto (MT) e do brasiliense Tiradentes. Jogaram dentro dos grupos em ida e volta. Os dois melhores de cada chave passaram para a 2ª fase. O Taguatinga ficou em 3º lugar, à frente do Mixto.
Na categoria de juniores, o Taguatinga ficou com o vice-campeonato, perdendo a final para o Brasília. Os dois principais artilheiros do campeonato foram do Taguatinga: Linalvo de Souza Costa (Mandala) e Júlio César Lacerda Vieira, ambos com 12 gols.
O Taguatinga voltaria a ser campeão do DF no ano de 1989, com o técnico Canhoto tornando a dirigir a equipe. Ficou de fora da decisão do 1º turno, venceu o segundo e também não chegou à decisão do terceiro. O quadrangular final reuniu, além dos três vencedores de turno (Guará, Taguatinga e Ceilândia, campeões do 1º, 2º e 3º turnos, respectivamente), o Sobradinho, qualificado como o clube que obteve o maior número de pontos ganhos somados os três turnos. Jogaram em turno e returno, entre si. A última rodada reservou o jogo entre Sobradinho e Taguatinga, ambos sem derrota na fase final, o primeiro líder com oito pontos ganhos, o segundo com um ponto a menos. Um gol de Joãozinho, aos 28 minutos do 1º tempo, deu ao Taguatinga mais um título de campeão brasiliense. Nessa partida, a equipe formou com Roberto Costa, Bilzão, Paulão, Adilson e Visoto; Gilvan, Da Silva e Humberto (Chicão); Marcelo Freitas, Joãozinho e Marco Antônio. O técnico, como já dissemos, foi Canhoto.
O Campeonato Brasileiro da Série B de 1989 contou com a presença de 96 clubes. Na Primeira Fase, foram agrupados em dezesseis chaves de seis equipes cada. Jogaram dentro dos grupos em turno e returno. Classificaram-se os dois primeiros colocados de cada chave. Na Primeira Fase os clubes do Distrito Federal, Ceilândia, Sobradinho e Taguatinga, fizeram parte do Grupo B, juntamente com os clubes do Estado de Goiás: Anapolina, Atlético Goianiense e Vila Nova. Ao ficar em segundo lugar, o Ceilândia passou para a Segunda Fase. O Taguatinga foi o terceiro, com os mesmos pontos do Ceilândia, perdendo a vaga no critério “maior número de vitórias” e o Sobradinho o quinto.
O Taguatinga ficou com a segunda colocação no Campeonato Brasiliense de 1990, cujo campeão, o Gama, venceu os dois turnos disputados.
Logo depois, no dia 22 de junho de 1990, fez sua estreia na Copa do Brasil, vencendo o Vitória, de Salvador (BA), por 1 x 0, gol de Edmilson. O jogo foi disputado no Serejão e o Taguatinga formou com Déo, Chiquinho, Paulão, Zinha e Pacheco; Dorival, Da Silva, Edmilson e Rogerinho (Luiz Carlos); Tuta (Gomes) e Joãozinho. Cinco dias depois, o Taguatinga eliminaria o rubro-negro baiano, voltando a vencê-lo por 1 x 0, gol de Tuta, no segundo jogo disputado no estádio de Camaçari, na Bahia.
Foi eliminado da competição pelo Flamengo, do Rio de Janeiro, após perder o primeiro jogo (2 x 0) no estádio da Gávea, no Rio de Janeiro, e empatar (1 x 1) no Serejão. O técnico do Taguatinga foi Mozair Barbosa.
De 1991 a 1993, o Taguatinga dominou amplamente o campeonato brasiliense, chegando ao tricampeonato.

Campeão brasiliense de 1991
No campeonato de 1991, repetiu o feito do Gama no ano anterior, vencendo os dois turnos, não dando chances aos seus sete adversários, após realizar campanha irrepreensível: nos 32 jogos que disputou, perdeu apenas dois. Totalizou 48 pontos, onze a mais que o segundo colocado, o Guará.
Na decisão do 2º turno, diante do Ceilândia, a equipe formou com Cláudio, Bilzão, Zinha, Paulão e César; Marquinhos (Paulo Lima), Pacheco e Dorival (Júlio César); Tuta (Raildo), Serginho e Carlinhos (artilheiro da equipe, com 10 gols). O técnico foi Adelmar Carvalho Cabral, o Déo.
Ainda em 1991, o Taguatinga disputou o Campeonato Brasileiro da Série B, competição que contou com a participação de 64 clubes. Na Primeira Fase foram agrupados em 8 grupos de 8 equipes cada. Jogaram dentro dos grupos em turno e returno. Classificaram-se os dois primeiros colocados de cada chave. Os participantes do Grupo 5 foram Taguatinga e Gama, do DF, Anapolina, Atlético Goianiense, Goiânia e Vila Nova, de Goiás, Novorizontino e Guarani, de São Paulo. Gama e Taguatinga não se classificaram para a Segunda Fase.

Bicampeão brasiliense em 1992
No Campeonato Brasiliense de 1992 o domínio do Taguatinga foi ainda maior do que o de 1991. Voltou a vencer os dois turnos disputados e, ao final deles, somou 50 pontos, quatorze a mais que o segundo colocado, o Tiradentes. Nos 32 jogos que disputou, o Taguatinga venceu 20 e voltou a perder apenas dois jogos. Marcou 62 gols e sofreu 24, com um saldo de 38 gols. Seu artilheiro, Joãozinho, bateu o recorde de maior número de gols marcados em uma edição do campeonato brasiliense, assinalando 26 tentos, marca nunca superada até os dias de hoje.
O Taguatinga foi o representante do Distrito Federal no Campeonato Brasileiro da Série B em 1992. O campeonato teve a participação de 32 clubes. Na Primeira Fase eles foram divididos em quatro grupos, cada um com oito equipes, que jogaram dentro dos seus grupos em turno e returno. Classificavam-se os quatro primeiros colocados de cada grupo para a Segunda Fase. O Taguatinga fez parte do Grupo II, juntamente com Americano (RJ), Anapolina (GO), Confiança (SE), Desportiva (ES), Itaperuna (RJ), Remo (PA) e Vitória (BA) e ficou na oitava e última colocação.
Tempos depois, o Taguatinga também foi o representante do DF na Copa do Brasil e voltou a fracassar, não passando da Primeira Fase, ao ser eliminado pelo Fortaleza, do Ceará.

Tricampeão brasiliense em 1993
O tricampeonato veio em 1993, com muita mais dificuldade. Diferentemente dos dois anos anteriores, o Taguatinga foi muito mal no 1º turno, ficando com a sexta colocação entre os nove participantes. Conseguiu recuperar-se ao vencer o segundo, após dois empates na decisão contra o Gama, e o terceiro (mais curto que os demais), ainda assim perdendo dois jogos nos seis que disputou. Na decisão do campeonato, contra o Gama, venceu o primeiro jogo no Serejão por 1 x 0, gol de Marquinhos, e perdeu o segundo, no Bezerrão, também por 1 x 0. Na prorrogação de 30 minutos, Tuta e Rogerinho marcaram os gols que proporcionaram a vitória de 2 x 0 e o terceiro título brasiliense consecutivo ao Taguatinga.
Com o presidente do clube, Froylan Pinto como técnico, o Taguatinga teve nas duas partidas finais a seguinte formação: Nilton, Márcio Franco, Zinha, Gilson (Jânio) e Almir; Sílvio, Marquinhos Carioca (Paulo Lima) e Tuta; Niltinho (Palhinha) (Rogerinho), Joãozinho e Marquinhos.
Após o tricampeonato de 1993, o Taguatinga nunca mais foi o mesmo. Nos anos de 1994 e 1995 realizou péssimas campanhas, chegando na sexta e oitava colocações, respectivamente, em ambos os campeonatos com mais derrotas que vitórias.
O Taguatinga representou o futebol brasiliense na Copa do Brasil de 1994. Na primeira fase teve como adversário o Bahia, de Salvador (BA). Perdeu os dois jogos e foi eliminado.
O Taguatinga também foi o representante do Distrito Federal no Campeonato Brasileiro da Série C de 1994, que contou com a participação de 41 clubes na Primeira Fase, separados por onze grupos. Fez parte do Grupo 7, juntamente com Vila Nova e Atlético Goianiense, de Goiânia (GO) e o União Araguainense, de Araguaína (TO).
O Taguatinga ficou na segunda colocação e passou para a Segunda Fase, onde os 32 classificados foram agrupados em chaves de 2 clubes, com jogos eliminatórios, com os vencedores avançando. Em caso de igualdade de resultados, aconteceria disputa de pênaltis.
O Itumbiara, de Goiás, foi o adversário do Taguatinga, que se classificou após um empate fora e uma vitória em casa.
Na Terceira Fase os 16 classificados foram divididos em 8 chaves de 2 clubes, novamente com jogos em eliminatórias simples, com os vencedores avançando. Em caso de igualdade de resultados, disputa de pênaltis. O Taguatinga teve como adversário o Novorizontino, de São Paulo e, após dois jogos (derrota em casa e empate fora), foi eliminado da competição.
O jogo disputado no dia 9 de novembro de 1994, no estádio Jorge de Biasi, em Novo Horizonte (SP), foi o último da história do Taguatinga válido pelo Campeonato Brasileiro. Naquele dia, o Taguatinga empatou em 1 x 1 com o Novorizontino, formando com Tobias, Márcio Franco, Zinha, Marião e Márcio da Guia (Gilson); Sílvio, Marco Antônio (Jackson), Marquinhos e Vital; Joãozinho e Tuta. O técnico foi Froylan Pinto.
A decadência do Taguatinga foi evidenciada no ano de 1996, quando o clube chegou na 11ª posição no Campeonato Brasiliense, sendo, pela primeira vez em sua história, rebaixado para a Segunda Divisão do DF (quatorze clubes disputaram a competição e os seis últimos passariam a disputar o Torneio de Descenso, que apontaria os quatro clubes a serem rebaixados). Taguatinga e Ceilândia decidiram não participar da competição.
A situação do clube era tão grave que em 3 de junho de 1996 aconteceu pela primeira vez na história do futebol do DF o “impeachment” de um presidente de clube de futebol por irregularidades contábeis. Reunido nesse dia, o conselho deliberativo do Taguatinga Esporte Clube afastou o presidente Edmilton Gomes de Oliveira com base em auditoria feita pelo conselho fiscal na prestação de contas do período 1994/1995. Edmilton Gomes de Oliveira estava na presidência do Taguatinga desde dezembro de 1994, substituindo Froylan Pinto.
No ano seguinte, 1997, o Taguatinga retornou à Primeira Divisão do Campeonato Brasiliense, ao ficar em segundo lugar no certame da Segunda, disputado por sete equipes. 
Realizou uma boa campanha em sua volta à Primeira Divisão do DF, em 1998, ficando com a terceira colocação na classificação final. Participou da Fase Final do campeonato, que reuniu Gama, campeão do 1º Turno, Guará, campeão do 2º e Ceilandense e Taguatinga, por índice técnico. Gama e Guará entraram com dois pontos de bonificação por terem vencido um turno cada. 
Em 1999 o Taguatinga amargou outro rebaixamento, ficando na lanterna (10º lugar) do campeonato, vencendo apenas dois dos dezoito jogos que disputou. 
O último jogo da história do Taguatinga aconteceu no dia 6 de junho de 1999. Já rebaixado para a Segunda Divisão, empatou com o Brasília em 3 x 3, no estádio Augustinho Lima, em Sobradinho. Marcaram os gols do Taguatinga André, aos 38 minutos do 1º tempo e Jackson, duas vezes, aos 40 e 44 do segundo. Formou o Taguatinga com Capucho, Charles, Junior, Cuca e Fred; Bira, Marquinhos, André (Pit) e Dequinha; Jackson e Jairo (Amaral). O técnico foi Francisco Ubiraci de Oliveira, o Bira.
Logo depois, o Taguatinga desativaria seu departamento de futebol, principalmente após a saída do homem forte do clube, Froylan Pinto, e pelas más administrações que geraram enormes dívidas. Todo o clube foi fechado, as piscinas desativadas. 
Apesar de constar como licenciado na Federação Brasiliense de Futebol, nunca mais se havia falado em previsão de volta do Taguatinga. Até que, no último dia 3 de junho de 2015, durante o Conselho Arbitral para definir a tabela da Segunda Divisão do Campeonato Brasiliense de 2015, surgiu a notícia de um possível retorno do Taguatinga Esporte Clube depois de um longo tempo de inatividade em competições locais e nacionais. O Clube Atlético Bandeirante, através do seu presidente Edmilson Marçal, comunicou que já iniciou o processo para a alteração em seu nome de fantasia. Sairia o Bandeirante para a entrada do Taguatinga. Até o momento, a Federação Brasiliense de Futebol não confirmou a mudança. Edmilson Marçal confirmou durante o arbitral que o nome Bandeirante não existe mais judicialmente, mas sim a alcunha de Taguatinga Esporte Clube. Além disso, confirmou que o presidente da Federação Brasiliense de Futebol, Jozafá Dantas, lhe prometeu que irá fazer o pedido de isenção da taxa de R$ 10 mil junto à Confederação Brasileira de Futebol - CBF, da mesma maneira que ocorreu no ano passado com o clube mineiro Paracatu.
Tal fato foi registrado em ata, mas não se chegou a efetuar a solicitação do Bandeirante. Naquele momento, para os documentos oficiais, quem entrará em campo é o Bandeirante.
Dias depois, a CBF, em conjunto com a Federação Brasiliense de Futebol, homologou a mudança do nome de Bandeirante para Taguatinga. Em um primeiro momento, a diretoria do clube revelou que o time iria se chamar Taguatinga Esporte Clube, mas teve seu nome registrado como Clube Atlético Taguatinga.
Durante esse período, também surgiu a notícia de que o Taguatinga Esporte Clube cogita retornar ao futebol nas próximas temporadas. Caso o faça, deverá retornar na Terceira Divisão, que ainda se encontra em estudos na FBF.



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