O clube que viria a ser o Jaguar Esporte
Clube, do Núcleo Bandeirante, foi fundado em 16 de março de 1968, nas
dependências do Departamento Administrativo da Fundação Zoobotânica do Distrito
Federal, com o nome de Clube Recreativo Fundação Zoobotânica.
Reuniram-se, entre outros, José Daniel
Belluco, Clóvis Fleury de Godoy, João Batista de Lacerda, Malvino Araújo
Xavier, Antônio Antunes Figueiredo, Hélio Batista de Deus, Mário Alves da
Silva, André Vieira Macarini, Oscar Rodrigues da Costa, José Jerônimo Ferreira,
Josino Lopes Viana e Vicente Pinto de Souza, com o intuito de desenvolver entre
os funcionários desta Fundação a prática do esporte, bem como incrementar
atividades sociais e culturais.
A primeira diretoria eleita ficou assim
constituída: Presidente – José Daniel Belluco; 1º Vice-Presidente – Rádio Lima
Fialho; 1º Tesoureiro – João Batista de Lacerda, 2º Tesoureiro – Joaquim
Rodrigues de Souza; 1º Secretário – Josino Lopes Viana; 2º Secretário – Oscar
Rodrigues da Costa e Diretor de Esportes – Malvino Araújo Xavier.
As cores oficiais do novo clube eram a
preta e a branca. O primeiro uniforme era composto de camisa branca com
detalhes em preto na gola e nos punhos, calção preto e meias brancas. O segundo
tinha camisa com listras verticais pretas e brancas, calção branco e meias com
listras horizontais pretas e brancas.
Alterou o nome para Jaguar Esporte Clube
em Assembleia Geral de 12 de março de 1969.
Inicialmente, o Jaguar comunicou que
disputaria o Campeonato do Departamento Autônomo em 1969. Mas, para este ano, a
Federação Desportiva de Brasília resolveu promover um campeonato reunindo
clubes amadores e profissionais.
Assim, o Jaguar nem chegou a disputar o
campeonato do Departamento Autônomo, já fazendo sua estréia diretamente no
campeonato oficial de Brasília.
Sua estreia aconteceu no dia 19 de abril
de 1969, no Estádio Ciro Machado do Espírito Santo, do Defelê. Empatou em 1 x 1
com o CSU, clube da Universidade de Brasília.
Ao final do 1º turno, o Jaguar
classificou-se em segundo lugar no Grupo A, um ponto atrás do líder, o Grêmio
Brasiliense. Eram onze clubes no Grupo A e treze no B, dos quais os seis
primeiros colocados passavam para a Fase Final. Nos dez jogos que disputou, o
Jaguar venceu sete, empatou dois e só perdeu um (para o Piloto: 1 x 2). Marcou
16 gols e sofreu 5.
Na Fase Final não foi tão bem assim,
empatando muitos jogos. Ficou com a terceira colocação no final, com 13 pontos
ganhos, atrás do campeão Coenge (19) e do vice-campeão Grêmio Brasiliense (17).
Foram onze jogos, com quatro vitórias,
cinco empates e duas derrotas. Marcou 18 gols e sofreu 11.
Sua formação básica foi Silva, Paulo
Henrique, Dão, Noel e Felipe; Baiano e Pedrinho; Gildo (Zé Raimundo), Cascorel,
Heitor e Reco.
Em 1970 ficou na quarta colocação do
Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, disputado por oito equipes.
No campeonato brasiliense de 1970,
também ficou em quarto lugar na Primeira Fase, que classificava seis clubes
entre os dez participantes para uma etapa decisiva. No turno final, ficou com a
sexta e última colocação. Disputou cinco jogos, não venceu nenhum e perdeu
quatro vezes (empatou um). Marcou apenas dois gols e sofreu nove.
Em 1971, venceu o Torneio Governador do
Distrito Federal, com uma excelente campanha. Nos dez jogos que disputou,
venceu oito, empatou um e perdeu um. Marcou 19 gols e sofreu 8.
Formou, basicamente, com Silva, Dão,
Cláudio Oliveira, Noel e Mabinho; Lúcio e Jorrâneo; Zinho, Paulinho, Batista e
Oliveira.
Logo depois, não repetiu suas boas
atuações no campeonato brasiliense, disputado por apenas cinco equipes. Ficou
na quinta e última colocação, vencendo apenas um dos oito jogos disputados.
No dia 1º de agosto de 1972 efetuou
pedido de licença dos campeonatos e torneios da Federação pelo prazo de um ano.
Retornou em 1973, disputando o
campeonato brasiliense daquele ano com mais nove equipes e chegando na quarta
colocação (17 jogos, 8 vitórias, 2 empates e 7 derrotas; 18 gols a favor e 20
contra). Seu artilheiro no campeonato foi Tita, com 7 gols. Por outro lado,
conquistou a Taça Disciplina, com seis pontos negativos.
Defenderam o Jaguar em 1973: Goleiros - Carlão
(o que mais jogou), Zé Luís, Cacalo, Noel e Rodolfo; Defensores - Aderbal, Leocrécio,
Dão, Pedro Pradera, Décio, Salvador, Ventura, Lúcio, Nenê e Waldo; Meio de
Campo: Capela, Pedrinho, Paulinho, Djalma, Felipe e Ceará; Atacantes - Cafuringa
(que depois virou Junior Brasília), Ariston, Max, Carlinhos, Baiano e
Tita. O técnico foi Airton Nogueira.
Venceu o primeiro turno do campeonato
brasiliense de 1974 e ficou atrás do Pioneira no segundo, posicionamentos que
tornaram obrigatória a decisão do campeonato em melhor-de-três.
Perdeu os dois jogos para o Pioneira e
ficou com o vice-campeonato.
No segundo jogo, em 8 de dezembro de
1974, atuou com apenas dez jogadores. Jogou desfalcado de quatro titulares:
Leocrécio, Salvador, Décio e Ariston, que viajaram com a equipe de juvenis do
Ceub, emprestados ao clube universitário para a disputa da Taça Cidade de São
Paulo de Juniores. Um dos jogadores de linha, Roberto, era goleiro.
Fizeram parte do time vice-campeão
brasiliense de 1974 esses jogadores: Goleiros - Josué, Roberto e Rodolfo;
Zagueiros - Leocrécio, Kidão, Elci, Salvador, Décio, Claudinho, Nonoca e Nenê;
Meio de Campo - Capela, Luiz Antônio, Ariston, Carlinhos e Wellington;
Atacantes - Fernando, Junior Brasília, Vicente, Jorge Luiz, Tita e Djalma.
Anísio Cabral de Lima foi o técnico que mais esteve à frente da equipe.
Em 5 de junho de 1975, o Jaguar
solicitou licença pelo prazo de um ano, por não dispor de recursos para
participar do certame oficial daquele ano.
Em 1976, o profissionalismo foi definitivamente
implantado no futebol do Distrito Federal. O Jaguar nunca mais voltou a
disputar uma competição oficial.
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