APELIDO:
Oscar
LOCAL
E DATA DE NASCIMENTO: Cristalina (GO), 7 de maio de 1944
POSIÇÃO
EM CAMPO: Ponta-Esquerda
LINHA
DO TEMPO
Começou
a jogar futebol no Colombo, da então Cidade Livre (hoje Núcleo Bandeirante), em
1962, revezando entre as equipes de juvenis e de aspirantes. No mesmo ano
passou a defender o Goianésia Esporte Clube que, nesta época, disputava o
Campeonato Goiano do Interior.
Voltou
para Brasília em 1963 e foi inscrito pelo Colombo para disputar o Campeonato
Brasiliense desse ano. No dia 12 de maio estava no time do Colombo que foi
vice-campeão do Torneio Início.
Goianésia |
Em
1964, transferiu-se para Luziânia. No dia 23 de fevereiro de 1964, fez parte da
equipe do Luziânia Esporte Clube que excursionou até Paracatu (MG), onde o
Amoreiras, local, foi goleado por 5 x 2.
No
dia 24 de maio de 1964, o Luziânia recebeu o Rabello, de Brasília, em seu
estádio, e foi derrotado. O Luziânia atuou com Marreco, Coquinho, Félix, Osmar
e Tiãozinho; Peru e Tomé; Bubu, Invasão, Carlos e Oscar.
Excursão a Paracatu |
No
dia 15 de maio de 1966, no estádio Francisco das Chagas Rocha, em Luziânia, Oscar
integrou a equipe do Luziânia no empate em 3 x 3 com a Seleção de Brasília.
Sua
estreia numa competição oficial aconteceu em 12 de junho de 1966, quando Oscar
tomou parte do Torneio Início do Campeonato Brasiliense de Profissionais de
1966, que contou com a participação de sete equipes. Logo em sua primeira
participação, o Luziânia foi derrotado pelo Pederneiras.
Pelo
Campeonato Brasiliense a estreia de Oscar aconteceu em 26 de junho de 1966, no
estádio Pelezão, em jogo válido pela segunda rodada do primeiro turno, com
vitória de 3 x 1.
Na
primeira rodada do returno, no dia 14 de agosto de 1966, Oscar marcou seu
primeiro gol com a camisa do Luziânia, na goleada de 8 x 3 sobre o Flamengo, de
Taguatinga, no estádio Ciro Machado do Espírito Santo. Nesse dia, o Luziânia
atuou com os seguinte jogadores: Walmir Gato, William, Zezão (Ditinho), Bimba e
Coquinho; Bolinha e Peru; Oscar, Sabará, Hermes Carneiro e Raimundinho.
Técnico: Wander Abdalla.
Pouco tempo depois, teve início o torneio de
profissionais “Engenheiro Plínio Cantanhede”, realizado com rodadas duplas e
que apontaria as quatro equipes classificadas para a disputa da Taça Brasil
Central com equipes de Brasília, Anápolis e Goiânia.
Logo
na estreia, no dia 23 de outubro de 1966, Oscar marcou um dos gols do empate de
3 x 3 com o Defelê.
A
última partida de Oscar pelo Luziânia e, consequentemente, a última participação do clube em competições como profissional na
década de 60, foi no dia 10 de novembro de 1966, na derrota para o Flamengo, de
Taguatinga, por 5 x 2. O Luziânia atuou com Walmir Gato, Coquinho, Ildomar,
Ditinho e Ciliu; Bolinha e Peru; Oscar, Sabará, Hermes Carneiro (Antônio) e
Raimundinho. Técnico: Agostinho Pereira Ventura “Sabará”.
Em
9 de abril de 1967 aconteceu a Assembleia Geral na Federação Desportiva de
Brasília, onde ficou decidido que o Luziânia não participaria do campeonato
brasiliense de 1967, em virtude de nova grave crise em que se encontrava o clube.
Com o fim do time, vários jogadores foram para outras equipes do futebol de
Brasília, dentre eles Oscar.
Coenge |
Oscar,
então, foi para o Coenge Futebol Clube, do Gama, em 1967, que, nesse ano,
integrava o Departamento Autônomo da Federação Desportiva de Brasília, uma
espécie de departamento responsável pelo futebol amador da entidade. Desde o
ano anterior, 1966, o departamento organizava um campeonato entre as equipes
não profissionais, divididas, em sua primeira fase, por regiões, chamadas de séries,
no Gama, em Taguatinga, em Sobradinho e no Plano Piloto. Posteriormente, os
dois primeiros de cada série disputavam a fase final. O Coenge foi o campeão da
Série Gama.
No
final desse ano, nos dias 26 de novembro e 3 de dezembro de 1967, Oscar
participou de um torneio quadrangular que contou com o Coenge e A. A. Cultural
Mariana, ambos do Gama, e Rabello e Cruzeiro do Sul, ambos de Brasília e
representados por times mistos. O Coenge ficou com o segundo lugar no torneio,
sendo derrotado na decisão contra o Cruzeiro do Sul com essa formação: Tonho,
Dimenor, Tarcísio, Xixico e Mauro; Pelezão e Divino; Pelezinho, Dera, Eraldo e
Oscar.
Na
preliminar do amistoso interestadual Guará 0 x 2 Flamengo, do Rio de Janeiro,
realizado em 18 de junho de 1968, no estádio de Brasília, Oscar foi um dos
destaques da goleada do Coenge sobre o Civilsan, por 7 x 2, ao marcar dois
gols. O Coenge atuou com Tonho, Ferraz, Dirceu, Duchinha e Mauro; Pelezão
(Jânio) e Divino (Jandaia); Pelezinho (Assis), Noé, Eraldo e Oscar.
O
Coenge foi o campeão do torneio como parte dos festejos do 8º aniversário da
cidade do Gama, realizado nos dias 6 e 13 de outubro e que contou com a
participação de dez equipes.
O
Coenge conquistou o bicampeonato da Série Gama, do Departamento Autônomo, superando
União, Real, Gaminha, Guarani, Grêmio, Minas e Imperial.
A
Fase Final do campeonato do Departamento Autônomo foi iniciada no dia 1º de
dezembro e reuniu Gaminha e Coenge (representantes do Gama), Civilsan (Plano
Piloto), Brasília, Meta e Setor Automobilístico (Taguatinga) e Manufatura
(Sobradinho). Foi necessária uma superdecisão entre Gaminha, Civilsan e Coenge,
todos com três pontos perdidos, para se conhecer o campeão.
Mas
a torcida teve que esperar a virada de ano para saber quem seria o vencedor.
Um
gol de Oscar, aos 34 minutos da primeira etapa, deu ao Coenge a vitória de 1 x
0 sobre o Gaminha e o título de campeão do Departamento Autônomo, edição 1968,
no dia 2 de fevereiro de 1969. O Coenge foi campeão com Hugo, Dirceu (Minhoca),
Eraldo, Ferraz e Xixico (Duchinha); Mauro e Divino; Noé, Pelezinho, Tatá e
Oscar.
No
começo de 1969, Oscar foi um dos convocados para integrar a Seleção do DF que
enfrentaria o Olaria, do Rio de Janeiro.
No
jogo-treino realizado no dia 9 de fevereiro, Oscar fez parte da Seleção “B” e
marcou um dos gols da derrota para a “A”, por 4 x 2. Oscar não participou do
amistoso interestadual do dia 11 de fevereiro, quando a seleção do DF foi
goleada pelo clube carioca, por 5 x 0.
Para
o amistoso contra o Flamengo, do Rio de Janeiro (no dia 2 de março), o
selecionado brasiliense realizou um jogo no dia 23 de fevereiro contra o DAE e
venceu por 7 x 2, com um gol de Oscar.
O
Flamengo trouxe Garrincha como maior atração, abriu uma boa diferença ainda no
primeiro tempo (3 x 0), mas resolveu abandonar o gramado com 60 minutos de
jogo, depois da expulsão de dois de seus jogadores. Além disso, obedecendo
ordens do treinador Tim, os jogadores Zezinho, João Daniel e Garrincha simularam
uma contusão e abandonaram o gramado, forçando o árbitro a encerrar a peleja.
O
técnico da Seleção do DF foi José Dias, que escalou o seguinte time: Hugo,
Jonas (Fernandes), Eraldo, Paulinho e Xixico; Eduardo e Divino; Noé, Guairacá,
Pelezinho (Argenta) e Oscar (Marão).
A
partir de 13 de abril de 1969, o Coenge iniciou a campanha que lhe daria, pela
primeira vez, o título de campeão brasiliense de futebol.
Quando
a Federação Desportiva de Brasília deu uma pausa no Campeonato Brasiliense de
1969, convocou duas seleções formadas por jogadores dos clubes disputantes da
competição, para uma série “melhor-de-três”.
Oscar
fez parte do selecionado “B”, que teve como técnico Eurípedes Bueno, juntamente
com os jogadores Hugo, Ferraz, Tatá, Xixico, Pelezão, Divino, Minhoca, Pelezinho,
Garrinchinha e Oscar (Coenge), Índio, Gildásio, Triste, Jeremias, Negão, Toinho,
Santos, Luizinho, Cabeleira e Nemias (Brasília), Chiquinho, Dirceu e Ary (Flamengo),
Ivan e Germano (Vila Matias), Juvenil e Parada (Cultural Mariana), Hélio (Meta)
e Neco (Guarany).
O
primeiro jogo foi no dia 6 de julho e a Seleção “B” venceu a “A” por 1 x 0. A Seleção
“B” venceu com Hugo, Ferraz, Gildásio, Triste e Luisinho; Jorrâneo e Nemias (Dirceu);
Toinho, Noé, Pelezinho (Ivan) e Oscar (Cabeleira).
O
terceiro jogo previsto para 13 de julho foi dispensado, pois a Seleção “B” venceu
por 4 x 3, no dia 9 de julho.
No
dia 24 de julho de 1969, a Seleção do Distrito Federal, formada por jogadores
do Coenge, do Gama, e do Brasília, de Taguatinga, jogou contra o Atlético
Mineiro, no Estádio Pelezão, sendo derrotada por 4 x 0. A seleção jogou com
Índio, Ferraz, Tatá, Triste e Luizinho (Gildásio); Divino e Pelezinho; Santos,
Negão (Noé), Toinho e Cabeleireira (Oscar).
O
Coenge foi ao Estádio Vasco Viana de Andrade, na Metropolitana, no dia 3 de
agosto de 1969, enfrentar o Grêmio, empatando em 1 x 1, com um gol de Oscar.
Em
dezembro de 1969, a Federação Desportiva de Brasília promoveu o Troféu Imprensa
Esportiva, entre as seleções das cidades de Brasília, Gama, Núcleo Bandeirante
e Taguatinga.
No
jogo contra Taguatinga, no dia 20 de dezembro de 1969, Oscar substituiu Reco e
não conseguiu ajudar a reverter a derrota de 2 x 1.
No
dia 1º de fevereiro de 1970, aconteceu o jogo do Coenge contra a Portuguesa, do
Rio de Janeiro, que terminou empatado em 1 x 1. O time do Coenge foi Carlos
José, Jaimir, Elias (Ferraz), Mauro, Xixico, Pelezão, Divino, Augustin, Pelezinho, Zé Carlos (Noé) e Oscar.
Logo
depois, em 22 de fevereiro de 1970, Oscar estava na equipe do Coenge que venceu
o Goiânia, no Estádio Pelezão, por 3 x 1.
Amistosamente,
o Coenge jogou no dia 22 de março de 1970 e ganhou do Brasília, de Taguatinga, por
3 x 0, com um dos gols marcado por Oscar.
No
10º aniversário de Brasília (21 de abril de 1970), Oscar estava no time do
Coenge que jogou contra o Tupi, de Juiz de Fora (MG), no empate em 0 x 0, na
preliminar de Grêmio, de Porto Alegre, 2 x 0 Atlético Mineiro.
No
início do Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, em 5 de julho de 1970,
o Coenge jogou contra o Planalto e venceu por 3 x 1, com dois gols de Oscar.
Oscar foi escolhido craque da rodada.
Na
goleada de 7 x 2 aplicada sobre o Carioca, no dia 2 de agosto de 1970, Oscar voltou
a marcar.
No
final do torneio, o Coenge ficou com o vice-campeonato, recebendo o Troféu
DETUR.
A
próxima disputa que Oscar passaria a disputar seria o Campeonato de Futebol
Amador do DF (campeonato oficial), do qual dez equipes participaram.
Logo
em sua estreia, no dia 6 de setembro de 1970, marcou o único gol do jogo em que
o Coenge derrotou o Defelê, por 1 x 0.
Uma
semana depois, em 13 de setembro de 1970, o Coenge voltou a vencer, desta vez o
Carioca, por 2 x 0, com um dos gols sendo marcado por Oscar.
Na
terceira rodada, em 27 de setembro, no empate em 2 x 2 com o Colombo, mais um
gol marcado por Oscar.
Oscar
marcou seu quarto gol seguido, em novo empate em 2 x 2, desta vez contra o
Planalto, no dia 4 de outubro de 1970.
No
total, foram oito jogos, com cinco gols marcados por Oscar.
Em
1971, a FDB promoveu o Torneio Governador Hélio Prates da Silveira, que teve
início em março.
No
dia 28 de março, o Coenge perdeu para o Serviço Gráfico por 3 x 1. Oscar marcou
para o Coenge.
O
torneio marcou o início da decadência do Coenge. Assim como outros clubes, foi
punido por inadimplência, com a perda de pontos em vários jogos. Depois, o Coenge
se ausentou das reuniões, o que também era motivo para punições, e foi
decidido, no dia 23 de junho de 1971, em assembleia, que os jogadores
pertencentes a estas agremiações estavam liberados para disputar partidas por
outros times. Desta forma, Oscar deixou o Coenge.
Em
13 de agosto de 1971, aconteceu a Assembleia da Federação Desportiva de Brasília
que desfilou várias dessas associações, uma delas, o Coenge.
Com
o fim do Coenge, em 1972 Oscar passou a fazer parte do elenco da Associação
Atlética Serviço Social, que estreava nesse ano no Campeonato Brasiliense.
Curiosidade:
a A. A. Serviço Social era formada, basicamente, por jogadores de vários clubes
extintos, como Defelê, Planalto, Coenge e Civilsan. Um desses jogadores foi Antônio
Valmir Campelo Bezerra, o mesmo político que deu o nome ao estádio do Gama, o
Bezerrão.
O
primeiro jogo de Oscar em seu novo clube foi no dia 19 de agosto de 1972, na
vitória sobre o Piloto, por 4 x 1, no Pelezão. O Serviço Social formou com Laudislon,
Pereira, Ivan, Triste e Zacarias; Bazan e Santiago; Zé do Norte (Zinho), Merlo,
Manoel e Oscar. Técnico: Eurípedes Bueno.
No
final do campeonato, o Serviço Social ficou com a quinta colocação. Oscar
participou de dez jogos, tendo marcado dois gols.
Santa Cruz, do Gama |
A
partir de 1973 e até 1975, Oscar voltou a disputar apenas as competições do
Gama. A Organização dos Esportes do Gama foi fundada em 2 de março de 1974 e por
aqui ficou até a criação do campeonato de profissionais, em 1976, quando passou
a defender a Sociedade Esportiva do Gama.
Seu
primeiro jogo com a camisa do Gama foi em 5 de junho de 1976, no Pelezão, na
derrota de 1 x 0 para o Canarinho. Formou o Gama com Morais, Bastos (Bill),
Serginho, Santana e Carlão; Dequinha, Chicão e Galego; Almir, Zé Luiz e Oscar.
Técnico: Jesus Santos.
Gama |
Foram
dez jogos com a camisa do Gama no Campeonato Brasiliense de 1976.
Ficou
um tempo afastado dos gramados após desentendimento com a diretoria do Gama.
O
último jogo de Oscar com a camisa do Gama aconteceu em 18 de abril de 1982, no
empate em 0 x 0 com o Guará, no Bezerrão. O Gama formou com Toinho, Anselmo,
William, Zinha e Zenildo; Vicente, Sidnei e Manoel Ferreira; Chiquinho (Oscar),
Nilson e Marcelo (Quincas). Técnico: Carlos Morales.
Durante
muito tempo continuou atuando em clubes de futebol amador do Distrito Federal e
jogos comemorativos de veteranos.
Veteranos do Gama |
No
dia 12 de outubro de 1986, Oscar foi convidado para fazer parte da seleção de
veteranos do Gama que enfrentou a Seleção Brasileira de Masters, que tinha,
entre outros, Ademir da Guia, Adãozinho, Ado, Paraná, Buião e Tobias. O jogo
foi no Bezerrão. Oscar jogou muito bem e deu as duas assistências para os dois
gols do Gama, no empate em 2 x 2.
Depois,
em 1992, participou de outro jogo reunindo veteranos, tais como Orlando Lelé,
Cid, Aderbal, Alaor Capella, Dinarte e Zé Carlos, só para citar alguns.
Morava em Águas Lindas de Goiás, quando faleceu no dia 1º de janeiro de 2021.
Nota:
Segundo
alguns que o viram jogar, Oscar era um jogador muito eficiente como falso ponta
de retorno ou recomposição de esquemas, e sabia aplicar bons dribles. Era um
jogador muito esforçado e de boa assistência. Um verdadeiro e incansável
motorzinho, fazendo o terceiro homem de meio de campo pelo lado esquerdo.
Colaborações:
José Egídio Pereira Lima
Paulo Roberto Silva.
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