Suas cores, registradas na Federação Brasiliense de Futebol, eram
verde, marrom e branca. O clube é de uma das cidades mais pobres do Distrito Federal,
Samambaia.
O Samambaia foi fundado
especialmente para ser logo profissional, isto é, sem passar pelos campeonatos amadores
e da Segunda Divisão.
Pouco antes de começar
o campeonato de 1993, o Samambaia recebeu o convite do presidente Tadeu Roriz, teve
sua entrada oficializada e somente a partir dessa certeza, é que o time foi fundado
e iniciou os treinamentos.
O plantel foi composto
com jogadores emprestados pelo Taguatinga e clubes do interior de Goiás.
Fez sua estreia no Campeonato
Brasiliense sendo derrotado pelo Brasília, por 2 x 1, no dia 14 de março de 1993,
no Estádio Mané Garrincha. O primeiro gol da história do Samambaia foi marcado aos
39 minutos do 2º tempo, pelo lateral Nildo, que colocou a bola no ângulo superior
esquerdo do goleiro Gildo numa cobrança de falta.
O Samambaia atuou com Adão,
Nildo, Marcelo, Carlão e Niltinho; Toninho, Gilson e Rivelino; Lúcio (Reginaldo),
Pablo e Paulo César (Zé Carlos). Técnico: Dodô.
Pelo fato de permanecer
até setembro de 1993 sem vencer nenhuma partida do Campeonato Brasiliense, a imprensa
local passou a chamar o Samambaia de “Íbis do DF”.
A primeira (e também a
única) vitória aconteceu no dia 5 de setembro de 1993, no Serejão, quando venceu
o Ceilândia, por 2 x 1, com gols de Rivelino e Nenê.
Foi último colocado no
campeonato de 1993, com uma péssima campanha: nos 32 jogos que disputou, venceu
apenas um, empatou sete e perdeu vinte e quatro. Marcou 19 gols e sofreu 68, ficando
com um déficit de 49 gols.
O ano de 1994 foi totalmente
diferente para o Samambaia. Na classificação geral chegou em 4º lugar entre os dez
participantes. Foram 20 jogos, quando conseguiu vencer sete, empatar seis e perder
sete. Marcou 19 gols e sofreu 21.
Dois momentos marcantes
em 1994: o primeiro aconteceu diante do Tiradentes, no dia 7 de maio, no Serejão.
Até os cinco minutos do 2º tempo, o Samambaia vencia por 4 x 1. Quinze minutos depois,
o jogo estava empatado em 4 x 4, com grande parcela de contribuição do goleiro do
Samambaia, Marcelo. Faltando dois minutos para terminar o jogo, aconteceu a virada
do Tiradentes para 5 x 4.
O segundo foi quando deixou
escapar a chance de disputar a final do campeonato, ao ser derrotado pelo Gama na
decisão do 2º turno, após dois jogos.
Voltou a realizar campanha
muito ruim em 1995, ficando com a nona e penúltima colocação, na frente apenas do
Comercial. Nos 18 jogos que disputou, venceu apenas três. Por sorte ainda não havia
rebaixamento.
Situação que não pôde evitar
no ano seguinte, 1996. O campeonato passou a ter 14 participantes e o regulamento
previa que os oito primeiros colocados permaneceriam na Primeira Divisão e os demais
disputariam um torneio para classificar os dois primeiros e rebaixar os dois últimos.
Sem vencer um jogo sequer, foi rebaixado para a Segunda Divisão, que teria sua primeira
edição em 1997.
Pediu licença junto à Federação
Brasiliense de Futebol e não disputou a Segunda Divisão em 1997, fato que ocorreu
em 1998, quando chegou na sexta e penúltima colocação da competição, um ponto à
frente apenas do Atlântida.
Em 1999 repetiu o mal desempenho,
ficando em quinto e penúltimo lugar, por coincidência apenas na frente do Atlântida,
clube sobre o qual obteve sua única vitória na competição.
O ano de 2000 foi mais
um de fraco desempenho. O campeonato da Segunda Divisão passou a ter 14 equipes
e o Samambaia ficou em quinto lugar no Grupo B, não passando para as semifinais.
Nos 12 jogos, obteve três vitórias.
A situação piorou ainda
mais em 2001, quando foi último colocado no Grupo B, sem vencer um jogo sequer entre
os 14 que disputou. Marcou apenas dois gols!
Em 2002 foi mais um ano
sem conseguir bons resultados, ficando em quarto lugar no seu grupo, condição que
o deixava de fora da tentativa de chegar à final do campeonato.
Melhorou bastante em 2003
quando chegou a disputar uma das semifinais com o Sobradinho, vencendo um jogo e
perdendo outro, combinação que o deixou de fora da final, mais uma vez. Sobradinho
e Paranoá, os finalistas, foram promovidos.
Em 2004 foi o primeiro
colocado do seu grupo, mas não conseguiu ficar com uma das duas vagas da Segunda
Fase que o colocaria nas semifinais.
Em 2005, chegou em 7º entre
os oito participantes, mais uma vez sem obter uma vitória sequer. Por pouco não
foi parar na Terceira Divisão em 2006.
Seu melhor ano na Segunda
Divisão aconteceu em 2006, quando ficou com o vice-campeonato, dois pontos atrás
do Esportivo Guará, o campeão e promovido. Foram seis vitórias nos oito jogos que
disputou. Uma das duas derrotas que sofreu, no dia 29 de outubro, diante do Esportivo
(2 x 1) definiu a classificação final da Segunda Divisão.
Foi quarto colocado em
2007, entre os nove clubes que disputou a competição, e sexto entre oito em 2008.
Estranhamente e em cima
da hora desistiu de participar do campeonato de 2009 e foi rebaixado para a Terceira
Divisão.
Como a Terceira
Divisão do DF teve seu último campeonato disputado no ano anterior, em 2010 não
disputou nenhuma competição oficial.
No ano seguinte, 2011,
foi o décimo-primeiro colocado entre os quinze participantes da Segunda Divisão
daquele ano.
Após ficar dois anos (2012
e 2013) sem disputar a Segunda Divisão do DF, o clube seria excluído da Federação
Brasiliense de Futebol caso não disputasse a edição de 2014.
Então, o Samambaia
resolveu retornar às atividades. Em 2014, a diretoria investiu pesado para a formação
do elenco. Contratou Carlos Félix para ser Gestor de Futebol, Reinaldo Gueldini
para técnico e recebeu cinco jogadores do Brasiliense (com quem tinha uma parceria)
por empréstimo: o zagueiro Somália, o volante Lucas, os meias Elivelto e
Carlyle e o atacante Daniel, além de contratar nomes como Thyago Fernandes, o
goleiro Donizzeti (que no meio do campeonato foi contratado pelo CRAC-GO para a disputa do
Brasileiro da Série C) e Allann Delon, considerado a grande estrela do
time.
Com tanto investimento,
o Samambaia passou a ser o favorito. E não decepcionou. Na primeira fase, a
equipe se classificou para a Primeira Divisão de 2015 com uma rodada de
antecedência e foi para a final da Segunda Divisão, depois de vencer as cinco
partidas disputadas. Na final, disputada contra o Cruzeiro, bastava empatar
para o time ser campeão, mas o Samambaia fez melhor que isso, venceu o jogo por
2 x 0, gols de Edicarlos e Cassius. Edicarlos se tornou artilheiro da
competição. Com este resultado, o Samambaia conquistou a Segunda Divisão do DF de 2014, seu primeiro título oficial desde sua
fundação.
Em 2015 o Samambaia iria
voltar a disputar a Primeira Divisão do Campeonato Brasiliense, depois
de 18 anos. Porém, o clube desistiu de participar da competição na última hora
por motivos não divulgados. Com isto a competição passou a contar apenas com
onze clubes e o Samambaia foi automaticamente rebaixado para a segunda divisão
de 2016. Também não participou do certame da Segunda Divisão de 2016.
Só voltaria em 2017, quando
novamente armou um bom time, treinado por Ricardo Antônio, e chegou na segunda
colocação, garantindo uma das vagas na Primeira Divisão de 2018.
Manteve-se invicto durante
a primeira fase da competição, quando disputou cinco jogos, vencendo quatro e
empatando o outro, com direito a uma super goleada de 10 x 1 sobre o
Planaltina. Além desse jogo, empatou com o Botafogo (1 x 1) e venceu os demais
(1 x 0 Cruzeiro, 2 x 1 CFZ e 1 x 0 Brazlândia).
Na semifinal, voltou a
enfrentar o Botafogo e o venceu nas duas ocasiões, ambas por 1 x 0,
qualificando-se para a final do campeonato.
Na final, contra o
Bolamense, chegou a abrir o marcador no final do primeiro tempo, mas sofreu a
virada no segundo, depois que o segundo gol foi marcado nos acréscimos. Placar
final, 2 x 1 para o Bolamense, terminando o campeonato com quatro pontos a mais
que o clube campeão.
Gilvan, do Samambaia,
foi o artilheiro da competição, com seis gols.
Conquistaria o segundo
título de campeão em 2017, em sua história, ao se tornar o vencedor do
Campeonato Brasiliense Sub-15 (Infantil).
Realizou péssima
campanha na Primeira Divisão de 2018 e foi novamente rebaixado. Nos onze jogos
que disputou, ganhou apenas um e foi derrotado em oito.
Os eternos problemas
financeiros quase fizeram com que o Samambaia abdicasse da vaga que teria na
Segunda Divisão de 2019. Aos trancos e barrancos, resolveu disputar. E foi um
desastre: último colocado dentre os dez participantes, empatando um jogo e
perdendo oito.
Não se sabe até o
momento se o Samambaia vai disputar a Segunda Divisão do DF de 2020.
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